Sobre G. Dalinha.

A singularidade do trabalho artístico de Da Liña está tanto na temática como no material utilizado. O papel Antaimoro, suporte das pinturas do artista plástico, foi descoberto em uma viagem que Gustavo da Liña fez a ilha de Madagascar em 1990. Hoje Da Liña é o único artista plástico no mundo a fazer uso deste papel.

O tema Labirintos vem sendo trabalhado pelo artista desde 1996 quando participou de um seminário de estudos na Catedral de Chartres, na França. Desde então, ele já produziu mais de três séries com este tema, pois uma características do trabalho do artista plástico é de trabalhar em séries. Um dos pontos de interesse dentro dessa temática é o próprio significado do Labirinto, seja ele como símbolo ou como arquétipo, carregado de significados, em parte ainda cifrados e desconhecidos presentes em muitas culturas da Terra.

Dentro da técnica de pintura usada por ele ha aplicação de pigmentos, entre eles, diferentes óxidos de ferro com dispersnao acrílica.

Gustavo da Liña nasceu em dezembro de 1961 em Santa do Livramento e reside em Berlim desde janeiro de 1989. Neste tempo já participou em muitos projetos e exposições na Alemanha e em outros pases da Europa, somando perto de uma centena, dos quais cerca de 30 exposições individuais. Seu trabalho tem sido reconhecido principalmente na Alemanha, onde desde 1992 conta com críticas de nomes como do Dr. Prof. Frank Gunther Zehnder, historiador da arte e diretor do Rheinisches Landes Museum Bonn, que escreve regularmente sobre seu trabalho.

Também tem recebido o reconhecimento por parte de autoridades brasileiras no Exterior. Da Liña teve obras adquiridas para o novo prédio da Embaixada do Brasil em Berlim.

Sobre seu trabalho escreveu o professor Zehnder : „a fusão de todos os elementos do quadro numa espiritualidade pictórica realizada nele, constituem a mais alta exigência dessa linguagem artística contemporânea. Sabidamente, nunca são os objetos, lugares ou figuras do quadro, nem os materiais do trabalho, como tampouco as boas intenções que fazem um processo criativo resultar em arte; mas sim a força experimental que encontra o novo; uma força de poucos. Aqui, nós a encontramos.“

 

 

Dir. Luciano Alfonso

2001